Clamo aos Deuses por seus auspiciosos
Presságios e sinais, mas
Sinto-me perdida, em mudas preces,
vagando por veredas de musgo e chamas.
E na escuridão dos dias iguais,
A cada momento me afogo em desilusão,
Em sombras de mares revoltos
E nas noites sem estrelas-guias.
É a solitude do olhar melancólico,
São os dedos vazios de tintas, crenças
E o antigo e triste amar;
Sempre tão estranho e amargo.
Sinto repulsa ao espelho e seu cruel deleite, destino.