sábado, 28 de maio de 2011

Melancolia

Os balanços coloridos parados
No meio da relva verde e úmida.
Por entre árvores juncosas e tristes.
O vento sopra,
E os metais dos brinquedos nem se importam.

É sorriso distante,
vozes de crianças brincando ao longe...
Pegadas na terra,
Rostos suados e de pureza contente.
Foi-se para trás, o destino levou embora.

Assisto somente como espectadora
A nostalgia melancólica bate forte,
Num coração cheio de passados,
Que em tempos imemoriáveis já teve sua glória,
E que um dia voltará a ter sua paz.


Quem sabe.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Menina Morta

Mães, florestas e grandes olhos
Filha das chuvas e tempestades,
Por que a tristeza deve ser tão funda no peito amargo?
- Não há vida nos olhos da menina morta.

Correu para longe, gritou em desespero:
Secou as lágrimas com o veneno do tempo;
E guardou no coração todos os antigos rancores.
-Não há vida nos olhos da menina morta.

As mãos crispadas do medo do passado
Que sempre bate à porta...
Que dilacera o prazer de viver...
-Não há vida nos olhos da menina morta.

O controle do teu coração foi perdido,
Hoje ele vaga num deserto de loucura iminente
O vazio sem cura, é tempo de se perder.
-Não há vida nos olhos da menina morta.


Não me siga.

domingo, 8 de maio de 2011

Fogo de Âmbar

Se o fogo em teus olhos,
Conseguir arrastar minhas preces pelas areias do tempo
É porque és meu escolhido, velho forasteiro;
Que dança e gira com as estrelas...
E tens nos teus dedos a vertigem do meu coração.

Corri para teus braços e teus olhos,
Tão cheios de fogo, como os admirei...
Cantei teu nome e teus filhos
Corri pelos jardins e comi do fruto proibido ao teu lado
Jovem forasteiro.

Não importa o tempo do amor,
Nem as longas viagens dos amantes perdidos.
Remosrso ou dor,
Terás o momento da culpa, maldita dor!
É vida que corre, é vento no tempo.