segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Regras de meu peito

Meu coração usa capa e espada.
E se alguém, algum dia destes
Quiser abatê-lo
terá de ser com honra
Pois moço bravo não teme
Nem a morte
nem a dor
E assim sou eu.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Uivos

Sobre um monte alto e largo encontro-me só
Por opção dos ventos ou dos Homens?
Já não bem mais sei
Mas suspeito seriamente que seja por um capricho dos ventos...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Grito


Se toda esta dor pudesse ser expressa em palavras...
Se a vida pudesse ser captada como uma foto
Que capta o relógio e o mar, os pássaros e vento nos cabelos alheios
Se essa dor pudesse ao menos se dissipar com a poesia
Ou com a virtude burlesca de um Baudelaire
Com as doenças que matam, com as dores que curam
Mas nada disso serve
Nada disso ameniza
Nada disso presta para nada!
E se a minha poesia gritasse versos celestiais?
Isso também não adiantaria...
Mas e se a morte viesse e me calasse?
Ela mataria essa dor pungente em meu peito
Mas não teria a chance de entendê-la
Assim como se entende uma língua
Um cheiro
Um amor...
Sou toda isto e aquilo
Cheia de dores e credos fantasiosos
De um mundo Tolkieniano
De um ar mítico
De cavalos e heróis
Sem nossas dores vulgares
Sem nossos pesares
Com nossos mortos já enterrados
E já esquecidos...
Quando virá o meu grito?

domingo, 2 de agosto de 2009

Brinde

Quando uma leve brisa
Mover teus cabelos
Peço-te, pequenino
Que te lembres de mim

Pois que as mais belas canções
São assim inspiradas em ti
E em teus feitos de coração
Porque eu teu sangue
Corre o melhor whisky

Nascido das terras altas
vivendo como um sátiro
Libertando sorrisos
e música
Por onde passas

Fazes do mundo algo mais alegre
E verde
E livre
E mágico
E louco
Pela simples razão de que nele te fazes presente

Mente alerta
Coração aberto
E numa bela canção
Danças a lua
De uma manhã radiante...

Dedico este a aquele que tem a embriaguez irlandesa em seus olhos....