Quantas marés em rochas
São necessárias para destruir sonhos e danças amargas?
Tantos túneis negros e lagos perdidos,
Azul de céu profundo em palavras de músicas transmutado.
Forte, fraco. Forte, fraco.
Uma antiga notação, já há muito esquecida,
Sob uma borra de café ou chá
Trouxe a terra, feito barro, para os olhos de alguém.
Mordaz e saturnino pássaro,
Avesso ao canto, perdeu-se ao anunciar manhãs.
E em pupilas dilatadas o sol enuncia: "estou cansado".
sexta-feira, 26 de abril de 2013
quinta-feira, 11 de abril de 2013
O vento sobre os dedos pálidos
Mescla os caminhos pianescos
Em espirais tonais de branco e preto.
Lágrimas de uma alma entorpecida
Exalam o trago cinza mais uma vez
Nesta cálida manhã outonal.
Mãos suaves, mãos frias
Uma sobrecasaca amarelada qual a cor da aurora
Acompanha os estranhos passos de um jovem
ao suspirar e arpejar seus dourados fios
Que adornam sua face e caem em cascatas de versos.
Sobre seus dedos finos, pálidos e embriagados,
Como a chuva branca nas vidraças das janelas frias,
Nascem as noites púrpureas, azuis e negras
De um dia sem face.
Mescla os caminhos pianescos
Em espirais tonais de branco e preto.
Lágrimas de uma alma entorpecida
Exalam o trago cinza mais uma vez
Nesta cálida manhã outonal.
Mãos suaves, mãos frias
Uma sobrecasaca amarelada qual a cor da aurora
Acompanha os estranhos passos de um jovem
ao suspirar e arpejar seus dourados fios
Que adornam sua face e caem em cascatas de versos.
Sobre seus dedos finos, pálidos e embriagados,
Como a chuva branca nas vidraças das janelas frias,
Nascem as noites púrpureas, azuis e negras
De um dia sem face.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Genocídio
Ossos e carnes mutilados
em translúcidos versos
de ódio que devora
os dias e o ressoar em dedos de papéis sem tinta.
Olhos que reviram em outonais
brisas velhas e chorosas
canta as éguas antigas
em formas de luas vítreas,
amareladas e torpes,
como a cinza chaminé
das cansadas fábricas de mortos.
em translúcidos versos
de ódio que devora
os dias e o ressoar em dedos de papéis sem tinta.
Olhos que reviram em outonais
brisas velhas e chorosas
canta as éguas antigas
em formas de luas vítreas,
amareladas e torpes,
como a cinza chaminé
das cansadas fábricas de mortos.
domingo, 7 de abril de 2013
Melodia
Labirinto
de ventos
Que
corre contra o tempo.
Contratempo
Vertiginosos
arpejos de luz
Rodam
em escadas semicirculares,
Em
planos, losangos e vértices irregulares.
Em
mãos estranhas que não percebem,
Em
sorrisos de metal e cordas,
Há
cinza, branco e preto.
Entorpecidos
em vidas alheias,
Em
dias de sol e chuva
E em
solitudes de bancos de praças,
Apenas
alguns dedos tocam o velho piano.
Velhos
versos em antigas dores:
O
flautista que sempre toca aquela conhecida melodia,
Repetida
em náusea e tons pastéis em teus ouvidos de níquel.
Lábios
que tocam tangencialmente a vida, vida de outrem.
Pássaros
que cantam o azul matinal, forte e fraco.
Olhos
sincopados em sonolência morna,
Apenas
alguns dedos tocam o velho piano.
Assinar:
Postagens (Atom)