Os olhos das pessoas são prenuncios de sonhos.
Em uma escala atemporal,
sem dores ou rancores,
apenas em sua escala atemporal.
Mareados ou fulgurantes,
estúpidos ou claros,
Calmos como a noite
Ou dormentes como um dia de domingo.
São apenas olhos:
De gente sofrida.
De gente rica.
De gente guerreira.
De homicidas.
De mulheres.
De homens
e de crianças.
Olhos de retorno.
Olhos de passado.
Olhos de amor.
Olhos de prazer
e olhos de desolação.
Que sorriem e que choram
com uma cantiga simples,
de uma terra distante
e sem pudor algum...
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
Soneto do Temporal
O que eu quero mesmo é o sorriso largo.
A luz de um dia primaveril
e o elogio de uma criança qualquer
De rosto e olhos prateados.
O que eu quero um diz de neve clara
Mas, de corações aquecidos por vinhos e virtudes.
Com alegres flautas de risos adocicados,
de mel e alegria.
Mas queria também uma noite de desvario;
de cantares e dançares:
tal e qual nos velhos carnavais.
E os temporais beijassem a minha testa
e, me tornassem virgem de raízes
Pois, minha alma vagueia por entre montanhas e vendavais.
A luz de um dia primaveril
e o elogio de uma criança qualquer
De rosto e olhos prateados.
O que eu quero um diz de neve clara
Mas, de corações aquecidos por vinhos e virtudes.
Com alegres flautas de risos adocicados,
de mel e alegria.
Mas queria também uma noite de desvario;
de cantares e dançares:
tal e qual nos velhos carnavais.
E os temporais beijassem a minha testa
e, me tornassem virgem de raízes
Pois, minha alma vagueia por entre montanhas e vendavais.
sábado, 3 de outubro de 2009
Meu Coração Corre
Meu coração corre
como correm os ventos em meio à chuva.
Sem rumo - Norte ou Sul.
Sem mágoas de velhos amores
E sem tristezas das cantigas de pesar.
Apenas corre,
Como que sem freio,
Como que sem dó de si mesmo.
Finge-se sem angústias,
Dissimulado, bastardo!
Fazes-te feliz e abanas o rabo como um cãozinho...
Pensas que não te importas ou não tens misericórdia alguma.
Tens é vísceras e cantos noturnos.
Tens homens de longas botas
e tristes olhos.
Tem velhos livros
e cristais empoeirados.
Mas algumas cores te faltam.
E assim meu coração corre:
Sem rumo
Norte
ou
Sul.
como correm os ventos em meio à chuva.
Sem rumo - Norte ou Sul.
Sem mágoas de velhos amores
E sem tristezas das cantigas de pesar.
Apenas corre,
Como que sem freio,
Como que sem dó de si mesmo.
Finge-se sem angústias,
Dissimulado, bastardo!
Fazes-te feliz e abanas o rabo como um cãozinho...
Pensas que não te importas ou não tens misericórdia alguma.
Tens é vísceras e cantos noturnos.
Tens homens de longas botas
e tristes olhos.
Tem velhos livros
e cristais empoeirados.
Mas algumas cores te faltam.
E assim meu coração corre:
Sem rumo
Norte
ou
Sul.
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