Asas
purpúreas de ventania:
Contem
aos ventos os terrores cruéis
De
um coração maldito e amarelado.
Coração
de dor, coração de luto.
Vestes
prateadas adornam os cabelos
de
meninas de outrora.
Meninas
sem olhos e de mãos pálidas.
Auréolas
esverdeadas em olhos de vidro marfim.
Números, letras, cartas inescritas.
A dança sutil e o vulto de uma sombra clara
Solitude indelével em olhos de carvalho.
Vidas
em oposição, palavras sem cor.
Olhos
de lágrimas e corais escondidos.
Roubem
de mim todo este rosto
Os
vincos, os vícios e sua poesia,
ou
não saberei mais quem poderia ser.
em
dourada lua de amanhecer
brisam
o mar em faces e rugas de vestes brancas...
Seria
par o homem e a mulher
Ou
apenas a dama e sua lua caída?
Mais
uma sonata, com um vagaroso e leve movimento,
terno
como uma flauta, triste como um violino
E em
tom menor tal como um dia de chuva.