Ah, aquela luz doía seus olhos
e feria suas sensações.
Não era mais a luz da manhã...
Ela mesmo é queria um desses amantes perversos,
que tiram a monotonia de uma vida de domingo, maligno.
Poderia ser bem um gato ou um tigre, não lhe importava.
O que a convinha mais era o saborear a solidão,
a explosão intempestiva de seus próprios instintos
e estranhos sentidos. excêntrica, era bem isso que ela era.
Caminhava pela chuva,
Filha dos trovões e tempestades.
Queria ser mulher, homem, pássaro, albatroz, tal e qual da música Pink Floydiana...
pântano escuro, folhas secas, amores vãos, úmida, quente, profunda. profunda. profunda.
Ah, cale-se!...
sábado, 20 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
A Muralha
O homem de longas vestes entra para seu claustro,
Não se sente só, diz que seu deus o protege do mal e das tentações.
O homem de ágeis olhos está sobre a torre,
Com sua pronta flecha destinada aos que mal desejam fazer sobre sua cidade.
E a muralha lá está: Nada fala, nada sente.
Mas ao seu redor homens vivem, trabalham, amam, tocam suas canções, sofrem, morrem, nascem, renascem...
Não há clamor ao lado da muralha, ela passa distante e calada
Com um espectro e um aspecto diferente a cada instante...
Longínqua transeunte, mulher de muitas vidas e destinos.
Belos cabelos e belos olhos; cinzas. Cor de noite.
O caminhante das sombras num branco labirinto.
Tão só quanto a muralha, tão distante quanto a mulher.
Ouça! Quase vi as mulheres de cálidos sorrisos e longas vestes passarem por mim. Solitude.
Olhe! Quase ouvi os homens de longas madeixas com seus belos violinos . Mistério.
Sinta! Quase percebi o barulho das ondas e do vento em tua clara pele. Ilusão.
Toque! Quase mesurei nossa enorme solidão. Verdade.
Não se sente só, diz que seu deus o protege do mal e das tentações.
O homem de ágeis olhos está sobre a torre,
Com sua pronta flecha destinada aos que mal desejam fazer sobre sua cidade.
E a muralha lá está: Nada fala, nada sente.
Mas ao seu redor homens vivem, trabalham, amam, tocam suas canções, sofrem, morrem, nascem, renascem...
Não há clamor ao lado da muralha, ela passa distante e calada
Com um espectro e um aspecto diferente a cada instante...
Longínqua transeunte, mulher de muitas vidas e destinos.
Belos cabelos e belos olhos; cinzas. Cor de noite.
O caminhante das sombras num branco labirinto.
Tão só quanto a muralha, tão distante quanto a mulher.
Ouça! Quase vi as mulheres de cálidos sorrisos e longas vestes passarem por mim. Solitude.
Olhe! Quase ouvi os homens de longas madeixas com seus belos violinos . Mistério.
Sinta! Quase percebi o barulho das ondas e do vento em tua clara pele. Ilusão.
Toque! Quase mesurei nossa enorme solidão. Verdade.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
O Dia da Solidão
Lado a lado:
naquele amar de noite e lua
Onde tudo eram estrelas perdidas,
caídas de meus olhos cor de prata
em suas mãos polidas
Pelo dia do silêncio.
Pacato e parado.
Tal como um tímido burguês
que teme o sol e às ruas.
Porém, lembre-se, nada pode ser mais assim;
O tempo já passou
e as cores azuis choraram ao meu lado...
e junto ao imenso oceano dourado,
Apreciaram o dia da solidão.
Caladas estrelas acariciaram meus cabelos.
E olharam o amanhecer com infinita tristeza,
Pois sabiam que o dia da solidão haveria de se perpetuar.
[13 de Fevereiro de 2010]
naquele amar de noite e lua
Onde tudo eram estrelas perdidas,
caídas de meus olhos cor de prata
em suas mãos polidas
Pelo dia do silêncio.
Pacato e parado.
Tal como um tímido burguês
que teme o sol e às ruas.
Porém, lembre-se, nada pode ser mais assim;
O tempo já passou
e as cores azuis choraram ao meu lado...
e junto ao imenso oceano dourado,
Apreciaram o dia da solidão.
Caladas estrelas acariciaram meus cabelos.
E olharam o amanhecer com infinita tristeza,
Pois sabiam que o dia da solidão haveria de se perpetuar.
[13 de Fevereiro de 2010]
Assinar:
Postagens (Atom)