terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Coração Esquecido

O sal do mar fustiga meus olhos
Sombrios olhos de medo e dor.
Ventos frios corroem tuas velhas botas,
Mulher esquecida e pálida.
Mãos de carvalho, coração de pedra.
Quem se lembrará de ti?
Ou de teus grandes olhos cor de terra?
Talvez um longínquo cantar de pássaros
Relembre teu sorriso ou de teus lábios secos...

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Jovem Dama

Velhas esperanças permeiam a alma da jovem dama:
Coração de pássaro, corpos de prisão em sonhos.
Estou tão longe, sigo solitária.
Distante de mim mesma e dos meus caros.
Desejo aquilo que se mostra tal e qual uma sombra 
E um pensamento, tão somente.
Apagado pelo último repicar dos sinos,
Numa tarde chuvosa, mas ensolarada.
Entre as nuvens, brincam furtivos anjos de luz.
Cantem novamente e  me tragam o belo ribombar das ondas perdidas.
Ou seriam somente das antigas canções, há muito esquecidas?
A escolha ainda está em tuas mãos, doces e brancas, jovem dama?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Meus tendões se movem vagarosamente
Pelas cordas de teus cabelos
E pelos lábios de teus pelos, 
Minha pele se agita em solitude.

Voz e olhos, mãos e dedos.

Coração alquebrado, carrega pedaços
De pão, papel e amor.
E em mil cabeças de dragão
Revolve os sonhos encaracolados
Por milhões de anos e medos.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Tempo Forte

Sonhos devem ser dissipados pelos ventos,
Pelos infortúnios e pelas tempestades dos dias
Sombrios como teus olhos frios e cortantes
Pela tua pele felina e por teus dedos de rapina.
Contudo, ficam em loucuras  de paixões ébrias.
E o coração pulsa em desmesura
E sem compasso
frenético, alucinado,
dança a canção da dor, sem pausas.
Alegrias, esperanças... 
Não há grito no peito sem amor
Mas não há prazer tampouco.
Delírios e fantasmas...
Síncope.