Cansada de fugir, sem inspirações ou paixões
Sem rumo, sem ventos e carícias.
Corre em desespero mudo e
Através de espelhos
Encontra seu duplo, sua doença e consciência.
E em casta transparência
Exibe véus em sangue e sofrimento.
Cinza, cor de noite,
Platina os olhos do gato
E adormece aos mais moços:
Expurga a antiga maldição
desta alma solitária
E que finge que sorri.
Verde, cor dos olhos,
contorna mãos e lábios
e em sussurros de prazer
esconda a tormentosa angústia
em tuas vestes, pálida pele.