segunda-feira, 16 de abril de 2012

Epílogo

Meus olhos outonais
Em uma brisa distante
Transmutam-se em velhos galhos...
E juncosos dedos buscam o passado voraz:
Pássaro de mil faces
Canta os feitos de outrora e suas dores
Nodosas árvores em meu coração
Lampejam através das brasas
De uma antiga e longínqua lareira.
Apagaram-se os caminhos na estrada veloz.
Nunca pertencerás a este mundo, eterna perdição.
E somente verás os sorrisos alegres
Através de sombrias janelas e umbrais alheios.
Pois siga então em teu labirinto de solidão.
Aqui termina mais um capítulo, mulher.

Um comentário:

  1. Triste destino o contado nessa saga cheia de belas imagens. Mas... há um próximo capítulo, não? Aguardemos!

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