terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Olhos de Oceano

Meu corpo não é mais meu.
meio árvore, meio seiva.
Coisa verde inominável, suspiro dos deuses.
As folhas mortas, outono em meu coração.

Mistérios dançam comigo como música,
A vida transpira pelos meus dedos,
em silêncio, as lágrimas pelos meus cabelos...
Mais emotiva do que realmente deveria ser.

Um canto longínquo chama meu nome,
por entre cantos e gritos de vidas passadas.
Há tanta coisa para ser contada, velha dama.

Então, sente-se ao lado e veja meus olhos cor de oceano
E meu peito de terra, minhas mãos salgadas
E minha pele de cordeiro te contará muitas histórias...

2 comentários:

  1. Muitas imagens fortes e belas neste novo poema. Gostei especialmente da primeira estrofe. A segunda (se me permite meter a colher) ficaria melhor sem o último verso - saiu do clima de sonho e bruma para uma espécie de explicação psicológica.
    E quem será a velha dama? I wonder.

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  2. Muito louco hein....bacana!

    http://mysolitudewords.blogspot.com/

    http://carolcabelosvermelhos.blogspot.com/

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