Enterrei meu coração no seio da Terra
E cravei minhas unhas no vento
Gritei aos céus preces antigas e sagradas
Muitos já se foram.
Um dia eu me vou.
Acordei como um sonho de mar
E vi os antigos nomes inscritos nas pedras
Chorei longamente por tantos anos...
Muitos já se foram.
Um dia eu me vou.
O brilho das asas das gaivotas
O sol que contorna meus olhos
A salvação para o canto frio é a eterna solidão
Muitos já se foram.
um dia eu me vou.
Coloquei meus temores no mais escuro da noite
E vaguei por tantos lares sem mãe
Clamei o perdão e a justiça surdos
Muitos já se foram.
Um dia eu me vou.
[25/01/2011]
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
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Essa é uma constatação que devíamos fazer mais vezes, não para temer o momento em que partiremos ou o que acontecerá depois, mas para avaliar se deixamos um legado digno aqui na terra.
ResponderExcluirMuito bom, Ana!