quinta-feira, 11 de abril de 2013

O vento sobre os dedos pálidos
Mescla os caminhos pianescos
Em espirais tonais de branco e preto.
Lágrimas de uma alma entorpecida
Exalam o trago cinza mais uma vez
Nesta cálida manhã outonal.
Mãos suaves, mãos frias
Uma sobrecasaca amarelada qual a cor da aurora
Acompanha os estranhos passos de um jovem
ao suspirar e arpejar seus dourados fios 
Que adornam sua face e caem em cascatas de versos.
Sobre seus dedos finos, pálidos e embriagados,
Como a chuva branca nas vidraças das janelas frias,
Nascem as noites púrpureas, azuis e negras 
De um dia sem face.

Um comentário:

  1. A imagem desse jovem me lembrou aqueles poetas e escritores franceses do fin-de-siècle... Bem melancólicos. Bonitas palavras.

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