domingo, 7 de abril de 2013

Melodia

Labirinto de ventos
Que corre contra o tempo.

Contratempo

Vertiginosos arpejos de luz
Rodam em escadas semicirculares,
Em planos, losangos e vértices irregulares.
Em mãos estranhas que não percebem,
Em sorrisos de metal e cordas,
Há cinza, branco e preto.
Entorpecidos em vidas alheias,
Em dias de sol e chuva
E em solitudes de bancos de praças,
Apenas alguns dedos tocam o velho piano.

Velhos versos em antigas dores:
O flautista que sempre toca aquela conhecida melodia,
Repetida em náusea e tons pastéis em teus ouvidos de níquel.
Lábios que tocam tangencialmente a vida, vida de outrem.
Pássaros que cantam o azul matinal, forte e fraco.

Olhos sincopados em sonolência morna,
Apenas alguns dedos tocam o velho piano.

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