Labirinto
de ventos
Que
corre contra o tempo.
Contratempo
Vertiginosos
arpejos de luz
Rodam
em escadas semicirculares,
Em
planos, losangos e vértices irregulares.
Em
mãos estranhas que não percebem,
Em
sorrisos de metal e cordas,
Há
cinza, branco e preto.
Entorpecidos
em vidas alheias,
Em
dias de sol e chuva
E em
solitudes de bancos de praças,
Apenas
alguns dedos tocam o velho piano.
Velhos
versos em antigas dores:
O
flautista que sempre toca aquela conhecida melodia,
Repetida
em náusea e tons pastéis em teus ouvidos de níquel.
Lábios
que tocam tangencialmente a vida, vida de outrem.
Pássaros
que cantam o azul matinal, forte e fraco.
Olhos
sincopados em sonolência morna,
Apenas
alguns dedos tocam o velho piano.
Aninha! Você voltou em grande estilo. Adorei este. Beijo da tia!
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