terça-feira, 12 de julho de 2011

Tempestade

Por que o desejo de refrear tua alma?
Se já bem sabes que é figura indomável
Lutas, Tempestades e Luas:
É disso que é feito teu coração.

Presa voraz do passado vazio.
Vozes distantes e canções que não são tuas.
Se a solidão é tua maior amiga,
Convide-a a desfrutar de tua companhia...

Caro amigo, afaste-se,
Pois nada é bem vindo numa terra árida!
E há muito arrasada pelo tempo,
Onde nada é belo e acolhedor.

Coração selvagem de fronte altiva
Cavalgas os céus
E em paixão desesperada
Espera os ventos, o mar e ar.

Um comentário:

  1. Ana, gostei muito desse poema. A última estrofe é uma das melhores que já li aqui... no ritmo lembrou-me Pablo Neruda, um poeta vigoroso (e um dos meus preferidos). Parabéns!

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