Os pés subiram correndo os montes verdes
Esperando um companheiro,
Daqueles de fim de estrada.
As espadas afiadas:
Não haverá mais jogo.
Quem virá?
As chuvas acariciaram seu rosto,
Seus olhos fecham.
O amanhã.
As marés afiadas:
Não haverá mais alimento.
Quem desejará?
Numa sala escura,
as mulheres estão presentes,
Aquelas mães cansadas e de xales pretos
Esperando por seus companheiros
As línguas afiadas:
Não haverá mais bebida.
Quem partirá?
Queria correr por todo o ar,
Alegria, vida, música... ah, Nunca mais!
Não respire o canto dos pastores.
Também estão cansados e cheios de pólvora nas mãos.
Os dedos afiados:
Não haverá mais tabaco.
Quem alegrará?
A noite soturna,
E as misérias de um passado,
corpos crispados por um corte de amor:
Menina não mais, porém não ainda mulher.
Água crescendo e lua caída.
Coração afiado:
Não haverá mais aflição.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
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Seus poemas são os mais tensos de decifrar
ResponderExcluire como já vimos eu nunca entendo direito x.x
mas ele é bem bonito e bem construido, gostei do jogo com o "afiado", demorei a notar, mas como reli umas 7 vezes procurando decifrar entendi
agora dizer q sem bebida, comida, jogo e tabaco tbm não haverá aflição é dizer q o cara morreu poxa
nem sabia q vc seguia o blog do meu irmão
beijoes ana