Olhos de vento
E asas de chão
Assim são os pássaros do norte.
Não tem barco ou canção que te salve
deste desassossego...
Presta atenção:
Tua solidão mãe e
Os cantos noturnos
E ainda os outros abraços
São castas presas de tua sorte.
Terra revolta em teu coração
Água em terra, terra em fogo;
Beija tua morte e saúde tua liberdade
Maldito pássaro cheio de vaidade
De pele fria e triste história.
Corra comigo, pequena criança
Que teu sorriso me faça esquecer
E que teus futuros braços me façam aquecer
estes turvos caminhos, sempre à oeste...
Gemidos de dor, prazer e desespero,
Homens ao longe,
Sentimentos de pesar.
Voas no céu mais alto
E tens visão soturna,
Pois tens olhos de vento
E asas de chão.
[escrito para alguém que talvez ainda não exista, mas já posso ver alguns pequenos contornos delineados.]
sábado, 20 de março de 2010
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Bem enigmatico este poema, ainda mais com o PS dele rs (x)
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