(Dedico minha inspiração aos percalços da vida e a Federico García Lorca, mestre de meus pensamentos poéticos atualmente)
Enquanto há vida cá dentro
O lago seca ao sol
E de uma dor lancinante
E pungente
Cobre-se a lua
Tal e qual Eva, depois de provar do fruto proibido.
E essa dor...
Igual a tango
Igual a amor
Igual à flor invernal
Igual a parto
Igual à traição
Igual à mulher bonita.
Mas os homens não deixam de correr metodicamente
Tampouco choram minhas mágoas e dores.
Segues tua sina de estranho Ser,
Ó mulher de fronte larga e olhos duros
Segues teu caminho de pedras tortas e pés descalços...
Seguem [eles] em ritmo de loucura
Em frenesi de danças e beijos
Em postura sôfrega e sorriso de metrônomo
Em sexo vulgar e rosto marcado
E a dor: repica como sinos de igreja em dia de casamento....
E o rosto suado de um dia de trabalho
E as lágrimas do estrangeiro
Da viúva e do cão sarnento
Da garota violada
Não são poucas as dores:
Repicando, repicando, repicando...
...como sinos de igreja em dia de casamento.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
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