domingo, 4 de março de 2012

Morte e Delírio

Angústia e frieza,
arranham minha pele e eriçam meus pêlos
Com seu toque úmido e intenso
mas quase imperceptível...
Falsamente delicado.

O coelho corre ao longe....

Não há dor pra quem já está morto.
Distantes nuvens de fumaça 
se formam sobre 
Seus olhos de vidro.

E encaracolados cabelos de metal
Dilaceram meu corpo inerte,
Enquanto embriagados dançamos,
Como loucos, a última sinfonia.

Inexistente paixão e dor constante:
Não há grito, não há mais súplica:
Tão somente uma terra árida,
Um peito abatido e sem vida
E confortavelmente anestesiado.


3 comentários:

  1. A temática e também alguns versos do seu poema me lembraram músicas do Pink Floyd.

    ResponderExcluir
  2. Apesar da dor aqui descrita este foi um dos melhores poemas deste blog. Coerente e afiado. Entrarei em contato, Ana.

    ResponderExcluir
  3. Triste, morto e conformado, são as imagens q esse poema me passa.

    ResponderExcluir