O vento sóbrio e frio fustiga nossos corpos:
Corpos claros como o sorriso do sol,
Mas os prazeres longínquos do passado
Se fazem obscuros e sombrios como cálido pranto.
Sal, mar e viagens, eis meu coração.
Canto a poeira do tempo, a nostalgia do sonho, a melancolia de teus olhos:
Olhos de cinza inebriante e de belas vozes!
Correr nas pegadas do Deuses e gritar por sobre as montanhas.
Em bosques elevados e distantes, eis meu coração.
Pulsa qual terra fresca e cheia de perfumes inomináveis...
Jasmins e pássaros, terra e verde, fogo e gelo.
Mãos entrelaçadas e coração esperançoso.
O doce e culposo sonhar, sempre distante, sempre ilusão, qual galope de cavalo veloz.
Adormecer, sonhar, talvez morrer, eis meu coração!
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
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Imagens muito bonitas e fáceis de visualizar, como sempre. Achei esse poema bem colorido em conraponto ao cinza de outros que li. O cenário é mais o bosque do que o mar.
ResponderExcluirFicou também uma analogia com o "dormir, talvez sonhar" de Shakespeare, mas nesse caso ameaça ir um passo além do sono e chegar à morte. Mas acho que não, a vida deste lado te puxa de para o mundo dos despertos :)
Benvinda de volta, Ana!