domingo, 30 de maio de 2010

A Náusea

Corres, corra!
No frenesi de uma sonata de Bach
Num livro empoeirado de Sartre
Analisando as estrelas,
Chorando com os dedos. Poeta maldito!
Quebras o coração com preces de mágoas,
Não desejo mais as quentes espadas de sangue.
Choras, chora!
Tens o luto de dias frios, a calma das marés vazias.
Mas como saberás dos dias vindouros?
Guardam prantos e viagens.
Não temas a morte, fiel guardiã do tempo escasso.
Voas, voa!
Não tenho tostão no bolso ou amores no coração.
Náusea daquela velha pedra fustigada pelo mar.
Estátuas, rostos decompostos. Escatologia.
Morras, morra!

Não. Luto apenas para sobreviver a mim mesma. A cada dia, um dia.

3 comentários:

  1. E acrescente-se a isso "oh não, tenho que sobreviver ao gás tóxico dos arquivos da BN" HAHAHA

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  2. ^
    | AHahAha xP

    Bem, pesado o poema minha linda
    E não deixo de identificar alguns elementos dele
    mas possivelmente estou errado, não sei

    Só sei que quero roubar vc para mim
    Beijos minha gata.

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  3. Foda! *.*

    "Chorando com os dedos. Poeta maldito!"

    to gostando muito de todos os seus poemas...
    mas tem uns q tem uns versos especiais tipo esse ai...
    simplesmente lindo!

    "Chorando com os dedos. Poeta maldito!"

    Foda! *.*

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